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Chuji Suzuki


Formado em Contabilidade, trabalhou por muitos anos no Posto Fiscal da Coletoria Estadual

 

Ele veio do Japão ainda na barriga da mãe. Chuji Suzuki nasceu em Registro no dia 17 de setembro de1924, pouco tempo depois que a família de imigrantes chegou ao Brasil. Naquela época, Registro ainda pertencia à Comarca de Iguape. Quando jovem, Chuji foi enviado para estudar em São Paulo e, assim como o irmão Toraichiro Suzuki, formou-se técnico em Contabilidade. O diploma da Escola de Comércio Álvares Penteado valia como graduação.

Já formado, Chuji voltou a Registro para trabalhar no escritório de contabilidade do irmão Toraichiro. Em São Paulo, o jovem contador deixou a noiva, com quem se correspondia quase que diariamente por cartas. Ocorre que, nessas idas constantes aos Correios, Chuji conheceu a bela Inah. Filha de telegrafista, ela trabalhava como tesoureira nos Correios e correspondeu aos encantos do rapaz. “Eu tinha um paquera na época também, mas não foi adiante”, revela dona Inah, hoje aos 86 anos.

O noivado com a moça de São Paulo foi desfeito e quem recebeu o pedido de casamento foi a registrense. Apesar da resistência da família de Chuji, que preferia vê-lo casando com uma descendente de japonês, o amor entre o casal foi mais forte. A união acabou celebrada por duas vezes. A segunda festa de casamento foi realizada a pedido dos parentes do noivo, que insistiram em comemorar no estilo nipônico. A família logo cresceu com a chegada dos filhos: Eliane Suzuki (de Oliveira), Suzy Suzuki (Ikeda) e Gilson Suzuki (falecido).


Ainda na época do namoro, Chuji passou em primeiro lugar no concurso para a Coletoria Estadual (hoje Receita Estadual) em Santos. “Mas como ele já gostava muito da minha pessoa, acabou pedindo transferência para Registro. Não chegou a ficar um mês em Santos”, conta dona Inah. Assim, Chuji Suzuki passou a trabalhar no Posto Fiscal da Coletoria em Registro, onde se dedicou profissionalmente por mais de 25 anos. Um ano antes da aposentadoria, o contador não resistiu a um infarto. Ele morreu aos 53 anos, em 28 de março de 1978.

Suzuki era muito conhecido na cidade. Não só pelo trabalho que exercia no Posto Fiscal, mas também pelo topete cheio de estilo que usava desde jovem e por andar para cima e para baixo em sua moderna lambreta – veículo raro de se ver naquela época por aqui.

Palmeirense, não perdia um jogo de futebol. Além do rádio colado ao ouvido, assistia às partidas pela televisão. Como atividade física, Suzuki gostava de correr. “Todo ano ele participava da corrida de São Silvestre que era realizada na cidade”, lembra a filha Suzy. Eliane diz que o pai era bastante rígido, mas muito querido de todos. “Lembro muito bem de uma frase que sempre falava. Que domingo tinha dois “emes”, de missa e macarronada. Todo domingo ele frequentava a missa e se não tivesse macarronada, não era domingo!” ,conta.

Chuji Suzuki também faz parte da história de Registro e permanece lembrado como nome de rua no Bairro Jardim Caiçara.

Chuji Suzukiainda jovem, já com seu topete característico