2008 / 2010
Transição, continuidade e realizações
Por reconhecer o valor da ACIAR, Hélio é colaborador da entidade há mais de 40 anos
João Del Bianco Neto deixou a presidência da ACIAR e estava tudo acertado para que Henrique Wolf fosse o candidato a presidente mas, em decorrência de problemas pessoais, ele decidiu esperar mais dois anos. Foi então que Hélio Borges Ribeiro, histórico militante da entidade, foi chamado para liderar a diretoria naquele biênio. “Eu entrei como uma ponte, com o futuro presidente já engatilhado”, afirma Hélio.
Proprietário da Rima Contabilidade, Hélio diz que, embora seja prestador de serviços, há mais de 40 anos atua na Associação Comercial por reconhecer a importância da entidade para o comércio e para a cidade. “Apesar de não ser comerciante, sempre estive junto porque, com meus conhecimentos de contabilidade, acho que posso ser útil para a ACIAR”, observa.
Quando assumiu a presidência, Hélio encontrou a ACIAR com um quadro de funcionários suficiente para atender as demandas e a entidade estava equilibrada financeira e administrativamente. “Assumi sem muita preocupação, até porque eu estava junto com o Bianco”, comenta.
Embora tenha sido um mandato de transição, Hélio deixou sua marca na presidência da entidade. Em sua gestão foram realizadas duas edições do evento Sabores do Vale, que tinha o objetivo de criar uma identidade gastronômica regional com produtos das cadeias produtivas do Vale do Ribeira – pupunha, banana, peixe de criadouro, mel, queijo e carne bubalina.
“A ideia veio da gestão anterior e viabilizamos”,revela Hélio, lembrando que houve participação das entidades filantrópicas e, na primeira edição, parceria com o Sebrae. A segunda edição da festa foi realizada apenas com recursos da ACIAR. “Não foi dada continuidade da festa pelo alto custo, que não poderia ser suportado só pela ACIAR. Uma pena, pois as duas edições foram sucesso de público e atingiu a finalidade”, afirma Hélio.
A prefeita Sandra Kennedy convidou, Hélio aceitou o desafio e a ACIAR, que era responsável apenas pela venda de estandes, assumiu a realização da Expovale. “Fizemos todo o trabalho de organização e instalação da feira. Resultado: A Expovale teve recorde de público, investimentos em melhoria no recinto, bons show e superavit. “Devolvemos dinheiro para a prefeitura”, informa Hélio, lembrando que a Expovale, que começou como Festa do Chá, foi iniciativa da ACIAR.
Em 2008, o Vale do Ribeira comemorou o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. Em parceria com o Bunkyo, a ACIAR realizou o Show da Integração, com apresentações de danças, grupos folclóricos, bandas musicais e outras expressões artísticas, além de sorteios de prêmios oferecidos pelos comerciantes. “Conduzimos, por alguns metros e minutos, a Tocha da Amizade pelas ruas de Registro. A tocha veio do Porto de Kobe, no Japão, e atravessou oceanos, simulando a viagem dos primeiros imigrantes japoneses em 1908. Devido ao sucesso do evento, repetimos no ano seguinte”, conta o ex-presidente.
Hélio também foi responsável pela aquisição de mais salas, ampliando as instalações da ACIAR, e pelas inaugurações do auditório, onde foram construídos banheiros feminino e masculino, e da sala de reuniões “João Perez Soler”, em homenagem ao primeiro presidente. Mas nem tudo foi alegria. “Tivemos a frustração de não ter conseguido implantar a incubadora de empresas”, lamenta Hélio. Na época, a ACIAR chegou a ter um barracão no distrito industrial para a incubadora,cujo objetivo era fornecer orientação técnica e estrutura mínima para o início de atividades de micro e pequenas empresas, para reduzir a alta mortalidade de empresas nos dois primeiros anos de existência. “Não deu certo porque a região não está preparada para isso. Os projetos que chegaram não tinham viabilidade”, finaliza.