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Masayuchi Maeji


Vida dedicada à agricultura e à família

 

Prova de sua dedicação é que Matian, 

como era conhecido, chegou a diretor regional 

da Secretaria da Agricultura

 

 

Masayuchi Maeji, conhecido pelos amigos como Matian, nasceu em 12 de julho de 1931, sétimo filho do casal Shitiro e Toyo Maeji. Cursou o antigo primário no Grupo Escolar de Registro e foi para São Paulo onde estudou no Colégio Santo Alberto. Mudou-se para Piracicaba, e fez o colegial na Instituição Educacional Sud Menucci. Foi aprovado no curso de Agronomia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (ESALQ) mas concluiu o curso, em 1957, na Escola Nacional de Agronomia, no Rio de Janeiro.

 

Formado engenheiro agrônomo ele voltou para sua cidade natal e, por 37 anos e meio trabalhou na Secretaria de Estado da Agricultura, iniciando carreira na Casa da Lavoura de Pariquera-Açu. No ano seguinte foi transferido para a Casa da Lavoura de Registro, onde instalou o Clube Agrícolade Registro, com colaboração da Federação dos Clubes Agrícolas. Nesse mesmo ano recebeu um prêmio pelo trabalho desenvolvido com a cultura da seringueira no Litoral Sul de São Paulo.

 

Em 1960, Matian ajudou a combater o Mal da Sigatoka, que começou a aparecer nos bananais da região. Concomitantemente atuou no combate às doenças da seringueirae do abacaxi.

 

A professora Wilma Bertelli, sua esposa, deixou um diário inacabado onde contou parte de sua história. “O menino Masayuchi, nissei, cresceu com o ideal de estudar e trabalhar por sua região – o Vale do Ribeira”, anotou ela, no começo do diário.

 

Sua afirmação foi confirmada na prática: Matian ocupou todos os cargos regionais da Secretaria da Agricultura. Foi Delegado Agricola de Registro; Chefe da Extensão Rural Agrícola no Litoral; Supervisor Agrícola de Registro; Supervisor Sub-regional Agricola e Coordenador Regional de Programa Especial de Crédito Agrícola. Em 1981 foi designado Assistente Técnico da Divisão Regional Agrícola do Litoral Paulista e chegou ao topo da carreira ao assumir o cargo de Diretor Técnico da Divisão Regional Agrícola, que ocupou até sua aposentadoria em 1994.

 

Participativo da vida da comunidade, Matian também foi diretor do Sindicato Rural de Registro. Profissional dedicado, fez cursos de aperfeiçoamento no Japão e teve vários trabalhos técnicos publicados sobre a cultura da bananeira, o mal da Sigatoka, e a cultura do abacaxi.

 

Tiyo Maeji Ialongo ,irmã mais nova de Matian, conta que ele foi o caçula durante seis anos. Ela lembra que a hospitalidade era uma de suas características. Ele gostava de levar para o café, almoço ou jantar os colegas de outra cidade ou região que vinham trabalhar em Registro. “Ele casou com Wilma que também gostava de receber as pessoas, e continuou levando os amigos para casa”, diz Tiyo.

 

O patriarca Shitiro Maeji mantinha, no terreno do Hotel Régis, de propriedade da família, uma horta caseira. Numa das vindas de Matian, quando estudante de Agronomia, o pai pediu que ele levasse ao hotel um carrinho cheio de esterco. Era só um teste para avaliar seu comportamento. Matian subiu as ruas em direção ao hotel, empurrando o carrinho pelas ruas, sem demonstrar qualquer constrangimento. “Papai ficou contente pois achou que ele estava bem encaminhado”, relembra a irmã caçula.

 

Tiyo revela que, além das atividades profissionais, Matian também era muito dedicado à família e assumia o papel de conciliador em busca de solução para os conflitos familiares. Ele também gostava de jogar futebol.

 

O casamento entre os jovens Matian e Wilma Bertelli ocorreu em julho de 1960. O casal, que havia se conhecido durante os preparativos da 1ª Festa do Chá, sete anos antes, teve os filhos Sílvia Bertelli Maeji (que faleceu em 1993), Silvio Alberto Bertelli Maeji, Celso Luiz Bertelli Maeji e Simone Maria Bertelli Maeji.

 

Matian morreu aos 71 anos de idade, em 29 de janeiro de 2002, deixando saudade nos amigos e familiares.