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Histórias se entrelaçam na entrega do Prêmio ACIAR de Fotografia 2019


Aconteceu na noite de quinta-feira, 10 de outubro, o encontro dos fotógrafos que tiveram imagens selecionadas para o calendário do comércio 2020,  sob o tema Monumentos Históricos do Vale do Ribeira. Os fotógrafos receberam uma reprodução em quadro da foto selecionada e a Audrey Harumi Imasato, autora da foto que recebeu mais votos do júri, ganhou também uma máquina fotográfica semiprofissional.

Durante a premiação, fatos curiosos entrelaçando a história dos monumentos: Luciana Suguinoshita fotografou a Igreja Episcopal do bairro Mangalarga, na zona rural de Registro, intitulada “Marco da Imigração Japonesa – Capela 90 anos” e Maria Clara Yumi Sako, autora de “Casa de Madeira, Barro e Sonho”, vizinha à igreja. Então, Luciana contou que seu bisavô integrou o grupo de imigrantes que contribuiu para a construção da igreja que ela fotografou. E Maria Clara foi premiada com a foto da casa, ao lado da igreja, em que o bisavô de Luciana morou.

Vera Kazuko Umaki Hirata ganhou reproduções de duas fotos de sua autoria: “Bebedouro” e “Torres da Matriz”. Ela contou que o bebedouro que fotografou foi uma doação da Câmara Municipal de Iguape à cidade no século XIX.

Este ano vinte fotógrafos participaram do concurso com 91 imagens. Cada concorrente pode participar com até cinco fotos. Vera Kazuko participou pela primeira vez e disse ter ficado motivada para as próximas edições do concurso. “Valoriza não apenas a arte, mas também o interesse das pessoas em participar”, afirmou.

Além de Vera, Luciana, Audrey e Maria Clara, também têm imagens no calendário os fotógrafos Walaka Batista dos Santos (“Aldeia Indígena Djaiko aty" ),Valdair Muniz (“Canhões Silenciosos”  e  “Espaço de Paz” ), Sumaia Matsuda (“Fim de Tarde na Catedral” e “O Sobrado dos Toledo”), Jhonatas Francis Moreira (“Igreja do Quilombo Ivaporunduva”) e Afonso Cugler dos Santos (“Portais dos Céus – Conexão Divina” ).

O presidente da ACIAR, Daniel Muniz de Paulo, que entregou os prêmios, informou que o concurso continua em 2021. Ele informou, ainda, que o acervo de fotos que a ACIAR obteve nestes vinte anos será colocado na internet e permitirá que, em qualquer lugar do mundo, as pessoas possam conhecer a região. “Esse concurso mostra uma diversidade grande, uma riqueza de imagens que só eleva o Vale do Ribeira”, avaliou.

A bibliotecária Cristiane Bastos Afonso (SENAC), que integrou o júri e prestigiou a premiação observou que o incentivo a toda forma de expressão é válido. “Os olhares das pessoas surpreendem, mostram coisas mais belas ou nos fazem conhecer coisas novas. Para mim, foi muito gostoso participar”, analisou.

De fato, o Prêmio ACIAR de Fotografia mescla o olhar de quem começa a olhar o mundo, como Maria Clara (10 anos), e de quem, com olhos experientes, consegue ver o novo, como Vera Kazuko (71 anos).


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