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Rosália Pacheco Lomba Teixeira Nogueira


A primeira advogada a atuar no Vale do Ribeira

 

 

Ela também foi a segunda mulher aprovada em

concurso para o Ministério Público do Estado

 

Formada em Direito na tradicional Faculdade de Direito da Universidadede São Paulo, no Largo São Francisco, na turma de 1948, a advogada Rosalia Pacheco Lomba Teixeira Nogueira foi uma desbravadora. Tornou-se a primeira profissional liberal a atuar em Registro e no Vale do Ribeira e foi também pioneira ao montar a primeira perfumaria de Registro. 

 

Rosalia chegou em janeiro de 1955, pouco antes de implantação da Comarca, tornando-se a primeira profissional liberal e a segunda advogada a atuar no Vale do Ribeira e em Registro. Quando chegou, só havia um advogado em Registro - João Batista de Faria. Antes, ela havia trabalhado no Paraná.

 

Outro pioneirismo de Rosalia: em1952 ela foi a única mulher aprovada em concurso público para o Ministério Público, tornando-se a segunda promotora de Justiça a atuar no Estado de São Paulo. Exerceu a Promotoria por pouco tempo, nas Comarcas de Conchas e Nova Granada mas trocou a carreira jurídica pelo casamento com o contador José Carlos Teixeira Nogueira.

 

Rosalia nasceu em Glicério, então distrito de Penápolis, na região Noroeste do Estado, em 17 de setembro de 1920. Quando chegou em Registro, trouxe o filho Carlos Henrique Pacheco Lomba Teixeira Nogueira (Taiti), com poucos meses de vida e, em Registro, em 1967, adotou Cármem Helena Pacheco Nogueira (já falecida). 

 

Além de atuar como advogada em Registro e região, Rosalia também foi professora de Português, Latim e Literatura na escola estadual “Fábio Barreto”. Em julho de 1977, Rosalia montou a KuKa Koisas, a primeira perfumaria da cidade, que mais tarde manteve em sociedade com a filha Carmem. Atuou na ACIAR, como diretora e como associada.

 

O seu amor por Registro e seu pioneirismo foram oficialmente reconhecidos em 1987, quando a Câmara Municipal de Registro lhe outorgou o título de Cidadã Registrense, com base no Projeto de Decreto Legislativo 03/87, de autoria do então vereador Roberto Franco de Oliveira Canto.

 

Rosalia sempre foi uma mulher dinâmica e determinada, que sabia lutar contra as adversidades. Na crise de 1929, seu pai, o fazendeiro José Pacheco Lomba, perdeu praticamente tudo o que tinha. A família foi morar num rancho de pau à pique e chão de terra batida. Rosalia, então com 9 anos, teve que cuidar dos irmãos menores.

 

Rosalia morreu em 26 de setembro de 1998, poucos dias depois de completar 78 anos de idade. O filho Carlos Henrique lembra dela como uma mulher de mente aberta e muito avançada para a época. Quando as mulheres ainda adotavam vestido e saia, ela vestia calças compridas. E nunca dispensou um bom uísque.