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Shinkichi Suguinoshita


Nome de rua na Vila Cabral, imigrante japonês se dedicou à agricultura e ao comércio

 

Filho adotivo de Shigueru e Towa Suguinoshita, Shinkichi Suguinoshita nasceu na Província de Kamikawa Gun, no Japão, aos 25 de julho de 1894. Com 23 anos, já casado com a jovem Itsu Hashida Suguinoshita, veio para o Brasil junto com a esposa, os pais e o irmão Sutezo, então com 10 anos.

 

Após a longa viagem no navio Tosa Maru, desembarcaram no porto de Santos em maio de 1920, embalados pela aventura de enriquecer no ocidente. De Santos, a família veio direto para a Colônia de Registro, onde adquiriu terras no Bairro das Areias (Raposa).

 

Shinkichi iniciou a plantação de mandioca e, aproveitando a força da água abundante na fazenda, construiu uma fábrica de farinha e o engenho para beneficiar arroz. Sua dedicação à agricultura lhe rendeu o convite para ser sócio fundador e diretor executivo da Sociedade Cooperativa dos Agricultores de Registro, em 1928. Ele permaneceu na Cooperativa até que o Brasil rompeu relações com o Japão por causa da Segunda Guerra Mundial.

 

Em seguida, o imigrante foi convidado para ser gerente da Casa Ribeira (hoje Casa Oshika), cuja matriz ficava em Santos. Quando a loja fechou, Shinkichi voltou a lidar na fazenda, onde já contava com a ajuda dos filhos nas plantações de cana, chá e, mais tarde, de banana. Um dos carros-chefes da propriedade era a fábrica de aguardente Ribeira.

 

Shinkichi e Itsu tiveram 10 filhos no Brasil: José, Maria, Tereza, Diogo, Júlia (falecidos), Rosa (mora atualmente em São Paulo), Paulo (Atibaia), Luiz (Registro), Anita (São Paulo) e Helena (São Paulo). A esposa morreu em setembro de 1966, deixando uma lacuna imensa na vida de Shinkichi. A tristeza pela morte de Itsu só fez aumentar quando ele sofreu um derrame que o impossibilitou de trabalhar. Em maio de 1971, Shinkichi não aguentou a saudade e foi se encontrar com sua amada.

 

O filho Luiz lembra que o pai era considerado um advogado no município. Por sua credibilidade, era chamado constantemente para interceder junto a delegados, juízes, fiscais. “Ele era um quebra-galhos, todo dia precisava ir à cidade para resolver problema de alguém”, conta Luiz Suguinoshita.

 

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